PROGRAMAÇÃO: TRAMA - Festival literário das editoras independentes de Curitiba e região
TRAMA é um festival literário criado por e para apaixonados por livros, reunindo editoras independentes de Curitiba e região metropolitana e de outras cidades do Paraná.
O objetivo é fortalecer o mercado editorial local, promovendo o encontro entre editoras, autores e leitores em um ambiente vibrante e acolhedor. Um espaço onde a literatura independente é a protagonista, onde leitores descobrem histórias únicas e onde editoras e autores locais recebem o destaque que merecem. Com entrada gratuita, atividades interativas e um clima convidativo, TRAMA celebra a cultura e amplia o acesso a narrativas fora do circuito mainstream.
TRAMA é um evento literário criado e organizado por GREI (grupo de editoras independentes de Curitiba e região metropolitana). Fábrica do Livro (empresa especializada em impressão de livros, editoriais e materiais de divulgação) e Coletivo Marianas (grupo de escritoras e artistas) são os patrocinadores da primeira edição do festival.
As editoras, membros do GREI, envolvidas com a realização e organização do evento, são: Laboralivros, Impérios Sagrados, Donizela, Insight, Factum, Máquina de Escrever, Edições Têmpora, Anadara brasiliana Edições e Editora Autoral.
TRAMA acontece no centro de Curitiba, no espaço cultural ALFAIATARIA, em local de fácil acesso (com elevador e banheiro adaptado para pessoas com deficiência), e a entrada será gratuita. O evento contará com o apoio do Café Coado na Calcinha, bistrô localizado ao lado, que oferecerá delícias gastronômicas. Para acompanhar, o chope gelado Mares de Malte estará à disposição.
A Feira literária do TRAMA acontece na sala multiuso durante todo evento, contando com a presença de diversos expositores: editoras independentes, coletivos e autores (as). As diversas atividades, oficinas, painéis, palestras e mesas-redondas acontecem no subsolo.
Detalhes:
Local: Alfaiataria Espaço de Arte, Rua Riachuelo, 274 – Centro, Curitiba, PR
Data: Maio 17 e 18 (2025)
Horários: Sábado: 10h – 20h | Domingo: 11h – 18h
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
DIA 17 – SÁBADO
🌅MANHÃ
⌚10h | OFICINA
Transtexto: atravessando fronteiras literárias com Dan Porto
O que acontece quando um texto conversa com outro? E quando atravessa gêneros, vozes, tempos e linguagens? Nessa oficina, o autor e pesquisador Dan Porto convida os participantes a experimentar o transtexto como prática criativa — um espaço onde escrita, leitura e releitura se misturam e se provocam.
Uma vivência para quem quer ir além da folha em branco e explorar os múltiplos caminhos da literatura.
⌚11h10 | PAINEL
Crowdfunding é o novo clube do livro? Financiamento coletivo e o poder dos leitores na edição
Você sabia que pode decidir o que vai (ou não) parar nas livrarias? Com o financiamento coletivo, leitores deixam de ser apenas consumidores e viram coprodutores — apoiando editoras, influenciando publicações e ajudando livros incríveis a existirem. Mas se é tão revolucionário… por que tanta gente ainda não entrou nessa festa?
Neste painel, a gente te mostra o que é, como funciona e por que o crowdfunding está mudando o mercado literário brasileiro.
Com a presença de Lua Bueno Cyríaco, da Laboralivros (editora curitibana com mais de 30 projetos financiados com sucesso no Catarse), Rodrigo de Lorenzi, influenciador literário conhecido como “o moço do vinho”, e Rafael Maidl (o Rafa do Mika), autor e criador de conteúdo que está com um financiamento coletivo em pré-lançamento neste momento — ou seja, você pode apoiar e ver o processo acontecendo ao vivo!
Um bate-papo direto e sem enrolação sobre leitores que bancam sonhos — e transformam a cena editorial independente.
🌇TARDE
⌚13h | MESA REDONDA
Entre linhas e desejos: o homoerotismo como subversão na literatura
O desejo nem sempre foi permitido — mas a literatura sempre encontrou jeitos de insinuá-lo. Neste painel, vamos explorar como o homoerotismo se constrói nas narrativas, os jogos de linguagem e silêncios, e de que forma a escrita se torna um espaço de subversão, afeto e resistência.
Com Arthur Cury, poeta e compositor, autor do projeto audiovisual de poesia “Com a boca na banana” e Vanessa Porto Alves, advogada especialista em protocolos antiassédio e sociologia política, mestranda em direitos humanos e produtora audiovisual. A mediação fica por conta de Cristian Abreu de Quevedo, editor, pesquisador e um leitor apaixonado pela quebra de normas através da linguagem.
Uma conversa que atravessa o corpo, o texto e o desejo — porque o amor também é revolução.
⌚14h10 | SESSÃO DE AUTÓGRAFOS DO COLETIVO MARIANAS
O Coletivo Marianas, fundado em 2014 em Curitiba, é um grupo de escritoras e artistas unidas com o propósito de promover e divulgar trabalhos culturais produzidos por mulheres, ampliando sua representatividade e valorizando sua autoria e expressão artística.
Em 2024, foi certificado como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura, por meio dos instrumentos da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV).
Nesta atividade, integrantes do grupo apresentam livros coletivos e individuais.
⌚15h20 | Palestra: Fábrica do Livro
Mais informações em breve…
⌚16h30 | MESA REDONDA
E se o futuro distópico fosse em Osasco? Cenários fantásticos no Brasil: sim, é possível!
Por que tanta gente torce o nariz para histórias de fantasia, distopia ou cyberpunk ambientadas no Brasil? Falta de imaginação, apego ao “realismo” ou puro viralatismo? Nesta mesa redonda, dois autores premiados ajudam a responder — e a expandir os limites da ficção nacional.
Lucas Mota, vencedor do Prêmio Jabuti 2022 com a distopia Olhos de Pixel, e Stephanie Caroline, vencedora do Ecos da Literatura 2024 com Paradoxo do Tempo (um sci-fi com pegada fantástica), falam sobre criar mundos impossíveis — mas cheios de sotaque, cuscuz, pinhão e caos urbano.
A mediação fica por conta de Rodrigo de Lorenzi, jornalista e influenciador literário de Curitiba conhecido como “o moço do vinho”. Com mais de 300 mil seguidores no TikTok e 15 mil no YouTube, Rodrigo compartilha conteúdos sobre livros, séries e filmes com bom humor e, claro, uma taça de vinho na mão.
O papo promete virar seu mapa-múndi literário de cabeça para baixo.
⌚17h40 | PAINEL
Araucárias, magias e dragões: o imaginário fantástico em mãos curitibanas
Romantasia, RPG, alta fantasia, misticismo — o fantástico brasileiro está mais vivo do que nunca, e autores da região têm se destacado criando mundos inteiros com universos próprios, seres místicos e aventuras épicas. Neste painel, vamos conversar com criadores que exploram o imaginário com originalidade, profundidade e uma dose de magia.
Participam Cristian Abreu de Quevedo, autor e editor da Impérios Sagrados, que combina filosofia, fantasia e política em suas sagas; Paula Vendramini, autora e editora da Lumus, que une espiritualidade, magia e afeto em seus mundos fictícios; Fúlvio Pacheco, artista, escritor e coordenador da Gibiteca de Curitiba, com forte atuação na cena geek e literária; e Fábio Marcolin, poeta, escritor e produtor cultural no MAE-UFPR, Idealizador do RPG “Jaguareté: O Encontro” onde arqueologia, mitologia e imaginação se entrelaçam.
Um encontro para quem acredita que a fantasia não precisa vir de longe pra ser grandiosa — basta uma boa história e alguém corajoso o suficiente pra contá-la.
⌚18h50 | MESA REDONDA
Etarismo na Literatura – Representação, Invisibilidade e Desafios
Na ficção, os personagens mais velhos costumam ocupar lugares secundários, limitados a estereótipos ou figuras caricatas. Fora das páginas, autores experientes enfrentam a invisibilidade em um mercado editorial que frequentemente privilegia vozes jovens. Nesta mesa redonda, será discutido como o etarismo se manifesta na literatura — tanto na representação de personagens idosos quanto na marginalização de escritores maduros — e como a própria literatura pode ser uma ferramenta para romper esse ciclo, desconstruindo preconceitos e ampliando narrativas plurais sobre o envelhecimento.
Participam da conversa Luci Collin, escritora, tradutora e professora com mais de vinte livros publicados, vencedora do Prêmio Jabuti de Poesia em 2017 e do Prêmio Clarice Lispector da Fundação Biblioteca Nacional em 2022; Maria Lorenci, autora de “Playlist para Poemas Selvagens” e “Pandemônia”, e organizadora da antologia “Idade é fogo”, que reúne 37 autoras com cinquenta anos ou mais, celebrando a maturidade criativa; e Eva Coller, poeta, cantora e contadora de histórias, que, por sua trajetória artística, é reconhecida como Cidadã Honorária de Araucária. Vencedora de festivais musicais, ela une criação artística e ativismo como mulher preta e matriarca em defesa de sua comunidade, trazendo para a literatura a força de uma voz que atravessa gerações. A mediação será conduzida por Francine Cruz, escritora, professora e pesquisadora com atuação nas áreas de literatura e diversidade, reforçando o diálogo entre representatividade, resistência e reinvenção narrativa.
DIA 18 – DOMINGO
🌅MANHÃ
⌚11h30 | OFICINA
Desenha que passa: oficina de ilustração com Gerson Cordeiro
Atividade para explorar o universo da ilustração com Gerson Cordeiro, ilustrador premiado no Design for a Better World 2022 pelo projeto inclusivo “O Circo”. Nesta oficina, aberta a todas as idades, Gerson compartilha técnicas e inspirações para transformar ideias em imagens, incentivando a criatividade e a expressão pessoal. Uma oportunidade única para aprender com um profissional reconhecido e soltar a imaginação no papel.
Ideal pra quem quer experimentar, criar e se expressar desenhando.
🌇TARDE
⌚13h30 | Palestra: Fábrica do Livro 2
Mais informações em breve
⌚14h40 | PAINEL
Literatura Indígena – Vozes, Memória e Resistência
A literatura indígena, há muito tempo silenciada, hoje emerge com força, trazendo narrativas que atravessam ancestralidade, território e resistência. Neste painel, será discutida a importância dessa produção literária, sua contribuição para a cultura e a sociedade, e os desafios enfrentados para ampliar sua visibilidade e reconhecimento. Essas vozes reforçam a luta por direitos e a valorização das culturas originárias. O poder transformador de autores indígenas contarem suas próprias histórias rompe com séculos de apagamento.
Participam do encontro Olívio Jekupé, um dos pioneiros da literatura indígena no Brasil, referência incontornável com mais de 30 livros publicados entre contos, poesia e literatura infantojuvenil; Jovina Renhga, artesã, escritora e liderança política que leva sua luta das páginas para a arena institucional — inclusive como candidata a vereadora —, autora de obras como A Marcha das Mulheres Indígenas, História de Kairú (em parceria com Olívio Jekupé) e Uma Mulher Kaingang; e Ceia Bernardo Kavénhkág, artesã, coordenadora da Casa de Passagem e Cultura Indígena de Curitiba (CPCI) e transmissora da língua kaingang.
Este encontro convida não só a ouvir, mas a reconhecer: a literatura indígena não é nova — ela sempre existiu. Agora, resiste para não mais ser calada.
⌚15h50 | PAINEL
Quilombo, Periferia e Centro – Vozes Pretas em Movimento
Neste encontro fundamental, cinco vozes essenciais se unem para construir um diálogo transformador que revela como a produção cultural negra contemporânea desestabiliza noções tradicionais de centro e periferia, demonstrando que a arte segue sendo linguagem privilegiada para questionar estruturas e transformar realidades. Num país ainda marcado pelo racismo estrutural, esses criadores nos convidam, através da palavra escrita, da musicalidade e da performance, a reimaginar o Brasil a partir de novos paradigmas — onde quilombos, vielas e centros urbanos dialogam em igualdade, e todas as vozes podem ecoar com plena potência criativa e política.
A escritora Jô Macario, fundadora do Coletivo Pretas com Poesia, participa deste painel com uma trajetória que entrelaça música, literatura e ativismo cultural — consolidando seu coletivo como espaço vital de criação e difusão literária negra feminista. O painel se completa com as importantes contribuições de Nará Souza, cuja escrita premiada investiga com sensibilidade as conexões profundas entre corpo, ancestralidade e territorialidade negra; Célio Jamaica, poeta e mobilizador cultural que constrói pontes significativas entre saraus periféricos, cultura hip hop e educação transformadora; Aline Reis, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná; e Dow Raiz, cantor, compositor e escritor, que transborda do CIC, Zona Oeste de Curitiba, para as páginas e palcos do Brasil.
⌚17h00 | MESA REDONDA
Literatura Transgênero – Vozes, Representatividade e Resistência
Esta mesa reúne seis importantes vozes da produção literária trans brasileira contemporânea, cujos trabalhos abarcam escrita, tradução, edição e performance. Maria Vitória Rosa, com “Poética Pandêmica, Hábitos Políticos” e “No Limbo”, constrói uma poesia que articula vivências travestis e resistência política. Amanda Leal desenvolve uma obra performática que questiona normas de gênero através de linguagens híbridas. Sam Gomes, em “Crônicas para ser vista”, equilibra o cotidiano universal com reflexões sobre existências trans.
Mercuria, autora de “tudo que fiz com esse corpo” e “devoção”, co-criadora da demonia editora, explora em sua escrita a intersecção entre espiritualidade e insurgência. be rgb (Breno), traduz e escreveu, entre outras publicações, “querides monstres” e “transmigrações”, investigando as fronteiras entre teoria queer, tradução e criação literária. Rivka, cujos estudos de cabala judaica informam sua perspectiva única, apresenta em “O livro do Yom Kippur”, “Autotanatografia” e “Na língua calcinada” uma poética que reinventa a linguagem a partir de vivências não-binárias e diáspora judaica.
Estes criadores multidisciplinares discutirão como transformam experiências trans em potência literária, abordando processos criativos e os desafios da publicação independente. Um diálogo sobre o fazer literário como ato político, que amplia possibilidades de representação através da palavra escrita, traduzida e publicada.
FEIRA LITERÁRIA
Durante o evento, haverá uma exposição de livros com obras de diversas editoras, coletivos e autores independentes, representando a cena literária de Curitiba, região metropolitana e todo o Paraná. O público poderá conhecer e adquirir títulos que destacam a diversidade e a riqueza da produção local.
🫂PATROCINADORES + APOIADORES
Sobre Fábrica do Livro:
A Fábrica do Livro é uma gráfica online especializada em impressão sob demanda de livros, livretos, apostilas e marcadores de páginas, oferecendo soluções personalizadas com o melhor custo-benefício do mercado. Com opções flexíveis de papel, capa, tiragem e formatos, proporciona um processo ágil, seguro e totalmente digital, desde o orçamento instantâneo até a entrega, garantindo qualidade profissional para autores e editoras.
Sobre o Coletivo Marianas:
O Coletivo Marianas, fundado em 2014 em Curitiba, é um grupo de escritoras e artistas unidas com o propósito de promover e divulgar trabalhos culturais produzidos por mulheres, ampliando sua representatividade e valorizando sua autoria e expressão artística.
Em 2024, foi certificado como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura, por meio dos instrumentos da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV).
Sobre Alfaiataria:
Alfaiataria é um espaço dedicado à investigação e práticas artísticas nas artes visuais e cênicas. Inaugurado em 2019, promove atividades formativas, apresentações de teatro, dança e música, além de feiras, performances, exposições e debates. Acolhe projetos propostos por artistas de diversas linguagens e parceiros, que ocupam o espaço por meio de locações, fomentando um ambiente plural e dinâmico de criação cultural.
COMES & BEBES NO EVENTO
Café Coado na Calcinha
Um espaço gastronômico especial, fruto de um projeto social que empodera mulheres em toda a cadeia produtiva — do plantio à xícara.
Localização: ao lado da Alfaiataria.
Mares de Malte
Chopps artesanais de alta qualidade.
No hall de entrada — disponível durante todo o evento.
INFORMAÇÕES GERAIS:
📌 Realização: GREI
📍 Local: Rua Riachuelo, 274 – Centro, Curitiba – PR
🎫 Entrada gratuita
⌛ Duração das atividades: 50 minutos
🌀 Intervalos de 10 minutos entre as sessões